sábado, 13 de janeiro de 2018

Poesia sobre o que fica dos amores que vão:

Do primeiro amor, amor pela arte
Do segundo amor, amor pela vida
Do terceiro amor, amor pela cozinha

De todos os amores que não chegaram a ser "namoros oficiais": o amor pela intensidade do momento (cada um com seu gosto próprio e especial)

Que venham novos amores e novos aprendizados

E porque sou romântica incurável, que um dia chegue um amor que me ensine a arte de conviver até ficarmos bem velhinhos...

(Janeiro, 2016)

quinta-feira, 11 de janeiro de 2018

poesia de amor errante

Mais uma vez
Pedi sem ser escutada
Mais uma vez
Fica comigo
E nada

Mais uma vez
Imploro
Por aquilo que não vem
Desejo seco
Morte

Minha casa não te aquece
Teu caminho é errante
Tua companhia
Inconscientemente
Desacompanhada de si
Desconectada de mim

Ainda não nasceu
Para além do terreno onde se sente
seguro e confortável

E o que nasce disso aqui
É angústia
Tristeza
Sinto-me calada
Pelo teu não-desejo
Sinto-me rejeitada

Por querer ser tua morada
Muito mais do que querer morar junto
Ser tua na-morada eterna
Sempre viva
Sempre abraço quente
Amor ardente
Paixão

E o que vem daí
É nada
Silêncio
E distância
Pedidos
Pedidos em vão

Vão
Pra longe de mim
Perdidos
No ar

Vôo
Vou
Viajar
Pra fazer ausência
Pra me encontrar
Vou
Por aí
Sozinha
De olhos abertos
Para achar brilho e desejo
Em outros olhos
Em outro corpo
Em outro lugar

Meu amor por você é pra sempre
Levo leve o coração de quem ama e deseja
Sem correspondência na mesma medida
Sem exigência de que seja grande
Mas preciso de intensidade
Sou flexível
Mas preciso
(im)precisa
Vida
Que deseja
Que quer
Amor
Vivo

Não quero mais morte
Nem a sorte de um amor tranquilo demais
Talvez as vezes
Mas na maior parte
Desejo
Ânimo
Vida